Crianças, em certas épocas do seu crescimento, parecem ter uma missão na terra: enloquecer seus pais! Isso pode acontecer desde a época de bebê, com cólicas inconsoláveis, passando por pirraças e birras em torno de 2 a 3 anos, contestação em torno de uns 8 a 9 anos e, para culminar, a adolescência. Uma das coisas que é capaz de enloquecer os pais é a questão da alimentação. Já escrevi um post sobre o tema, com algumas dicas. Hoje, num post rápido, queria lembrar duas ou três coisas a respeito de como podemos tentar (vejam que sou realista) ajudar nossos filhos a comer um pouco mais melhor e mais saudável.
A primeira, e talvez mais importante sugestão é: brinquem! O lúdico tem sempre mais chance de surtir algum resultado com crianças (e adultos também). É impossível explicar o valor nutricional de um alimento para uma criança. Nem tentem! Ameaçar, nem pensar. Premiar com outras comidas (besteiras e bobagens), não é nada recomendável. Sobram algumas coisa:
– levar a criança para escolher a comida junto com você. Claro que não vai desfilar pelas gôndolas de biscoitos ! A conversa entre vocês pode ser: vamos escolher a comida que vamos preparar juntos.
– preparar (mesmo não indo ao supermercado com seu filho) a comida juntos. É uma brincadeira que costmam adorar. Se divertem fazendo e depois ficam com um certo compromisso de provar (certo não é compromisso firme!).
– variar a forma de preparar um mesmo alimento. Às vezes o que não é aceito de um jeito, é de outro. Pense em purês, souflês, empadas, recheados etc. Aquela coisa monótona da comidinha bonitinha, cozidinha, separadinha no prato pode não agradar. Sejam criativos e ousem nas receitas.
– variar na forma de apresentar a comida. Vejam as fotos acima de ideias muito criativas de como apresentar a comida. Se, na hora de comer, puderem estar comendo juntos, melhor ainda. Contando histórias e criando um momento divertido. Vamos comer o olho do peixinho ou as joaninhas….
– comer juntos, como dito acima é muito bom, para todos. A criança ver os adultos comendo (saudável) tem um modelo em quem se mirar, Modelos são muito mais eficazes do que papo, conversa, persuasão.
– tentar um alimento novo ou recusado por em torno de dez ocasiões. Alguns estudos mostram que oferecer, um pouco só, antes da comida preferida ou aceita, por diversas vezes (até umas 10), em muitas situações reverte uma recusa.
– lembar que crianças desenvolvem paladar e alguns alimentos elas não gostarão mesmo. Há que se respeitar esse paladar. O que é bem diferente de considerar como paladar uma criança que só gosta de iogurte e batata frita!
– ser tolerante com a recusa, sem ceder aos apelos de trocar a alimentação definida por vocês por algum “capricho”. Crianças se beneficiam desse sentimento de “pena” dos pais. Fiquem tranquilos, filhos que se recusam a comer, não ficarão desnutridos, da noite para o dia.
Finalmente, é preciso reconhecer que crianças, muitas vezes , conseguem, de fato, enlouquecer os pais. Com comida isso não é raro. Se acontecer com vocês, relaxem um pouco.
Sucesso! E mandem seus comentários ou compartilhem suas histórias e dicas para que todos posssamos aprender.
9 comentários em “QUANDO COMER É UMA DIFICULDADE.”
Minha experiência foi parecida. Utilizei a brincadeira também mas ao invés de fazer bonequinhos de comida coloquei palitinhos nos pedacinhos da comida a fim de que meu filho pudesse comer sozinho, funcionou. Durante as refeições nos brincamos de dar comida para os seus bonecos, super, funciona.
Ainda nao evoluímos para o arroz, por exemplo, mas inserimos outros alimentos a fim de que ele tenha uma alimentação saudável com todos os ingredientes necessários.
Paula
Paula,
Obrigado por compartilha sua experiência. Uma vez mais vimos que bom humor e o brincar ajudam muito as crianças a adquirirem hábitos saudáveis.
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Yours faithfully, Julio Fry
ola doutor…minha filha desde bebe ela e ruim pra comer, as vezes fico doidinha pois sou uma mãe muito preocuopada pelo fato dela ter nascido com refluxo e com imunidade baixa , então quando ela nao quer comer entro em desespero…doutor hj ela tem 1 ano e 6 meses, e tem dias que ela nao quer comer comida e faz birra e não tem jeito…é normal isso pois fico muito preocuoada se é só minha filha assim…vc pode me ajudar por favor…grata..kkk
Cristiane,
Há um ditado que diz: podemos levar o cavalo até a beira do rio, mas não podemos obrigá-lo a beber água. Crianças, muitas vezes, se comportam dessa forma. Ficam ali, em frente do prato, sem comer nada. O importante é que você não “troque” a comida por “bobagens” (biscoitos, doces, iogurtes etc.). Tente fazer comidas saborosas, com apresentações diferentes. Sente na mesa e almoçe ou jante com sua filha, fazendo comentários de como está gostoso. Deixe ela provar do seu prato. Se, mesmo assim, não quiser comer nada, deixe-a tranquila. Não insista, não negocie e simplesmente ignore que não comeu nada. Difícil? Muito! Mas, é o melhor meio para ela comer quando tiver fome (se comer “bobagens”, nunca terá fome) e perceber que suas birras não são um bom método de obter o que deseja. Não fique tão preocupada!
Boa noite Dr. e leitores(as) deste excelente blog, q ajuda muito a nós mamães! Realmente esta questão da alimentação as vezes não é fácil, vou dar aqui o meu depoimento, quem sabe pode ajudar algumas mamães tb. Tenho uma filha de dois anos e dez meses, saudável, come super bem, de tudo, adora legumes, frutas e verduras…porém, tem me dado muito trabalho, pois desde bebê tem refluxo, mas descobri somente agora, sempre vomitou muito, até hj, e eu sempre vivendo por ela, o peso é excelente, ninguém acredita q ela vomita tanto, mas a minha luta é constante, chego a ficar exausta, sempre fui muito preocupada com alimentação dela, variando sempre, preocupada com as vitaminas, horários e tudo mais, na verdade eu nem esperava minha filha sentir fome, eu já estava ali com o alimento, hj depois de anos, dando alimento e limpando os vômitos, resolvi procurar ajuda, médica e psicológica, hj vimos q os vômitos na verdade nem tem tanto a ver com refluxo e sim com o psicológico dela, as vezes só de oferecer ela já vomita, eu me culpo por ter sido uma mãe tão dedicada, tão cuidadosa, hj minha filha está comendo na escola, longe de mim, pra ver se ganha independência, só a minha presença já impõe, ela não se alimenta bem perto de mim, é muito difícil pra uma mãe, agora tão pequena está em tratamento psicológico pois tenho medo de como isso poderá refletir lá na frente, devido a tantos vômitos ela criou uma relação errada com a comida. Então mamães, principalmente as de primeira viagem, como eu, vamos tentar relaxar, como dizem, casa q tem comida, criança não morre de fome.
Josiane,
Obrigado por compartilhar essa sua historia conosco. Tenho a certeza de que ajudará muitas mães a relaxarem.
Minha filha tem 1 ano e 4 meses. Moro com minha sogra. E ela é contra brigar, não dá limites, quando Liz faz pirraça ela fica dando colo ao invés de ignorar.
Liz está cada dia pior
Grita por tudo, joga cabeça contra parede, morde o sofá, quando está irritada procura algo para jogar seja porta retrato, seus brinquedos seus livros ou qlqr outra coisa. Bate no nosso rosto puxa nossos cabelos.
As vezes fico sem saber como lidar. Sem contar que ela fica irritada por tudo.
Prezada Inez Christina,
Como o blog não substitui uma consulta, seria irresponsabilidade minha opinar sobre a sua filha. Sugiro que converse com o pediatra para que ele lhe oriente. De um modo geral, crianças nesta idade precisam de limites. Entendo que tem uma dificuldade familiar que precisa ser conversada de forma tranquila, mas, firme.